México 2-2 Argentina




Longe do puro futebol sul-americano de correrias desenfreadas, golos atrás de golos e muita emoção à mistura, o encontro permitiu tirar algumas pequenas conclusões que passo a partilhar:
- A Argentina expõe imenso as costas da sua linha defensiva, pressiona bastante alto mas não de forma efetiva... O México conseguiu, por várias vezes (mais do que as desejadas por Tata, certamente) chegar com a bola controlada ao último terço e perante um número reduzido de jogadores argentinos.
- Se Messi não tenta acelerar o jogo ou procurar soluções, os outros dez também não sabem o que fazer com a bola.
- À excepção de Guardado, a linha média mexicana está longe de ter alguma intensidade a nível defensivo. A continuar assim, muito vai sofrer o lateral direito do México...

E algumas análises

Na primeira imagem, o momento em que o México recupera a bola. Na segunda, a leitura que Rojo faz do lance. De "campo grande" passámos para um "campo pequeno". Para além disso, se Guardado recebesse a bola em condições ali naquela zona, quão perigoso se poderia tornar o lance?


Este é o momento que antecede o lance do primeiro golo. A Argentina coloca uma enorme quantidade de jogadores em terrenos bastante avançados tanto para pressionar como para cortar linhas de passe. Herrera, bem, aguenta a carga e tenta soltar-se do seu opositor direto. Ao tentar sair com a bola controlada, apesar de pressionado, Herrera atrai e fixa Rojo e passa para trás, para o lateral direito Jiménez que, entretanto, já se posicionou de frente para o jogo e, com espaço (o seu marcador direto era Rojo) consegue colocar a bola nas costas da linha média deixando os dois avançados do México para os dois centrais da Argentina (2x2).



Ora, aqui está um bom exercício que pode fomentar alguma discussão.
Na primeira imagem, Miguel Layún tinha acabado de ir para o centro do terreno. Messi percebe que a há espaço entrelinhas e desmarca-se nas costas dele. Herrera, que vê Messi a desmarcar-se nas costas de Layún, não acompanha o astro argentino. O erro está onde? Layún estará mal posicionado? Na falta de pressão sobre o portador da bola? Ou em Herrera (que é claramente fã de Messi e fica especado a apreciar a arte do argentino)?
Um passe, linha média para trás, e mais um passe, linha defensiva para trás.

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